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A importância da conscientização sobre saúde mental

No mês de conscientização sobre a saúde mental, veja algumas dicas para manter seu bem-estar emocional em dia.

Janeiro costuma ser uma época de reavaliações e novos ciclos. Até o nome do primeiro mês do ano faz jus à característica: janeiro é uma homenagem a Janus, o deus romano dos inícios e das escolhas. Pensando nesse potencial de novos começos, um grupo de psicólogos de Minas Gerais criou a campanha de conscientização sobre saúde mental “Janeiro Branco”.

Hoje, em sua nona edição, a iniciativa promove ações para ajudar a quebrar os estigmas relacionados a doenças mentais, convidar as pessoas a refletirem sobre o próprio bem-estar emocional e estimular estratégias e políticas públicas em prol da saúde mental.

No segundo ano consecutivo de pandemia da Covid-19, a campanha levanta o mote dos efeitos desse período no nosso equilíbrio emocional com o slogan “O mundo pede saúde mental”. O isolamento físico, a perda de pessoas queridas, a quebra na rotina, a instabilidade econômica e a impotência diante do vírus, compuseram o hall dos fatores catalisadores para a piora da saúde mental coletiva – tanto a partir do surgimento de novos casos de doenças mentais, quanto do agravamento das já existentes. Para se ter uma ideia do impacto, um estudo do Fórum Econômico Mundial descobriu que 45% dos adultos analisados em 30 países relataram que sua saúde emocional se deteriorou ao longo da pandemia.

“Durante uma pandemia é esperado que as pessoas estejam frequentemente em estado de alerta, preocupadas, confusas, estressadas e com sensação de falta de controle diante das incertezas do momento. Estima-se que entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica, caso não seja feita nenhuma intervenção de cuidado específico para as reações e sintomas manifestados”, dizem os pesquisadores da Fiocruz Débora da Silva Noal, Maria Fabiana Damasio Passos e Carlos Machado de Freitas no livro Recomendações E Orientações Em Saúde Mental E Atenção Psicossocial Na Covid-19, que reuniu 117 profissionais de 25 instituições brasileiras e estrangeiras para discutir estratégias de promoção de saúde mental voltadas para este período.

Mesmo antes do coronavírus assolar o planeta, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros. Mas em 2020, dados da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho mostram que os afastamentos por transtornos mentais chegaram a níveis nunca antes vistos, somando 576,6 mil casos, um aumento de 26% em relação aos pedidos concedidos pelos mesmos motivos em 2019. No restante do continente, doenças mentais são o motivo de mais de 30% das incapacitações.

Um levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) publicado na revista The Lancet Regional Health – Américas no final de 2021 avaliou os impactos da pandemia na saúde mental da população no continente e os resultados foram bastante preocupantes. Nos Estados Unidos, as taxas de prevalência de ansiedade e depressão passaram de 8,1% e 6,5%, respectivamente, em 2019 para 37% e 30% ao final de 2020. No Peru, os sintomas de depressão aumentaram cinco vezes. No Canadá, a proporção de relatos de ansiedade quadruplicou. E por aqui, mais quatro em cada 10 brasileiros tiveram ansiedade. Além do recorte por país, a publicação também mostrou que um terço das pessoas que tiveram COVID-19 foram diagnosticadas com algum transtorno neurológico ou mental.

Esse grande compilado de pesquisas sobre o continente americano descobriu que os números relacionados à saúde mental na Argentina, no Brasil, no Chile, no Peru, no Canadá e nos Estados Unidos são piores que a média global. Em todos os estudos citados na publicação, as pessoas que tiveram sua saúde mental mais afetada foram mulheres, indivíduos com menos de 35 anos, pessoas com problemas de saúde pré-existentes, trabalhadores da área da saúde e pessoas em condições de vulnerabilidade social.
 

“Os países das Américas devem fortalecer urgentemente suas respostas de saúde mental à COVID-19, tomando medidas para expandir os serviços de apoio psicossocial para todos, alcançar populações marginalizadas e em risco e reconstruir melhores sistemas e serviços no período pós- pandêmico”, defendem os autores da publicação. A afirmação vai de encontro à visão da OMS, que considera a saúde mental como parte importante da resposta à COVID-19.

Precisamos falar sobre saúde mental

 

A OMS estima que uma em cada quatro pessoas terá algum transtorno de saúde mental ao longo da vida. Genética, estresse, má alimentação, sedentarismo, sono de má qualidade, abuso de substâncias e exposição a situações de risco são alguns dos variados fatores que contribuem para o aparecimento dessas condições.

Por isso, é importante deixar para trás os preconceitos que rondam o problema e se conscientizar sobre o assunto, sobretudo buscando auxílio e se informando sobre formas saudáveis de se relacionar e de lidar com os próprios sentimentos, e de prevenir os gatilhos que podem levar a crises.

Além disso, é fundamental estar atento a alguns sinais que podem indicar a necessidade de auxílio profissional. Segundo o manual de Recomendações E Orientações Em Saúde Mental da Fiocruz citado acima, pessoas que apresentarem, de forma recorrente ou por vários dias, alterações de apetite, como falta de fome ou compulsão por comida, dores incapacitantes, irritabilidade incomum, choro fácil, mudanças nos padrões de sono, de higiene e de interação social devem procurar ajuda.

Ciente disso, você aumenta suas chances de receber um tratamento adequado, prevenindo que o quadro se agrave, e consegue também perceber com mais clareza caso alguém próximo a você precise de apoio especializado. Um profissional qualificado conhece estratégias efetivas para aliviar e tratar o sofrimento causado pelos transtornos mentais. Não hesite em cuidar da sua saúde.

Boas práticas para manter sua saúde mental em dia

 

SONO
 

Dormir bem é fundamental para manter o equilíbrio e funcionamento adequado do corpo. Diversos estudos comprovam que boas noites de sono reduzem o estresse e o risco de diversos problemas de saúde como infarto, diabetes, hipertensão e até de doenças neurodegenerativas.

O benefício se estende também para o bem-estar psíquico: uma pesquisa neozelandesa feita com mil pessoas e publicada recentemente no Frontiers in Psychology concluiu que o sono de qualidade é o principal hábito capaz de garantir uma boa saúde mental em jovens adultos. Atrás dele, vieram a prática de atividade física e uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes.

 

ESPORTE
 

Um estudo publicado na Lancet Psychiatric analisou 1,2 milhão de pessoas nos EUA entre 2011 e 2015. Ele concluiu que o exercício físico é bom para combater a fadiga e a falta de motivação. Outra pesquisa, que saiu no Journal of Science and Medicine in Sport, sugere que a atividade física aumenta a perseverança comportamental, porque os esforços mental e físico durante a prática de esportes estão interligados. Quando nos mexemos, a mente treina junto.
 

MEDITAÇÃO
 

Melhora da concentração, do humor, da performance em atividades em ambientes estressantes, da qualidade do sono e diminuição da ansiedade e do estresse são alguns dos efeitos comprovados da prática regular da meditação. Um estudo feito na Bélgica com 400 adolescentes mostrou que a inclusão dessa atividade na escola reduziu os sintomas relacionados à depressão e preveniu o desenvolvimento da doença.
 

Caso você não goste de meditar, busque outras atividades relaxantes que ajudem a focar no momento presente e reestabelecer sua autoconfiança, como interagir com seu animal de estimação, ler, cozinhar, cuidar de plantas, e até mesmo desenvolver um novo hobby, como cerâmica, pintura ou costura, que exija atenção fora das telas.
 

REDES SOCIAIS
 

Os brasileiros passam em média 3h42 por dia conectados, e estão entre os povos que mais usam as redes sociais – atrás apenas das Filipinas (4h15) e Colômbia (3h45). Mas o nosso lugar nesse ranking não é uma boa notícia.

Uma pesquisa realizada pela Royal Society for Public Health no Reino Unido, analisou os efeitos do Youtube, Instagram, Twitter e Snapchat no sentimento de comunidade, bem-estar, ansiedade e solidão de 1.479 jovens. O estudo mostrou que as redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro, e que o Instagram é o mais prejudicial à mente - sete em cada 10 voluntários disseram que o app fez com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem.

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