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Por que é tão importante manter a saúde dos olhos?

Nossos olhos precisam dos mesmos cuidados que outros órgãos e demandam exames e consultas de rotina. Saiba mais sobre a importância e os cuidados que você deve ter com eles.

 

Cuidar da saúde dos olhos claramente não é prioridade no Brasil. De acordo com pesquisa do Ibope, realizada em outubro de 2020 com 2,7 mil pessoas, 10% dos brasileiros nunca pisaram em um consultório oftalmológico. Outros 25% “raramente” visitam esses especialistas.

 

Mas deveriam. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas visuais no mundo. E metade desses casos poderia ter sido evitado ou revertido. No Brasil, segundo dados do IBGE, 35 milhões de pessoas possuem doenças visuais.

 

Não é preciso estar doente para ir ao oftalmologista, ao contrário do que diz nossa cultura”, explica Charles Costa, do Hospital de Olhos. “Se você estiver preocupado com a saúde e exames de rotina, mas não sabe com qual médico se consultar, sempre digo: primeiro visite um cardiologista, depois um urologista ou ginecologista, e depois um oftalmologista”, completa.



A recomendação é que as pessoas se consultem ao menos uma vez por ano para exames de rotina - medir a pressão intraocular, avaliar a acuidade visual e do fundo do olho.

 

Embora os cuidados com esse órgão sejam ainda pouco valorizados, as retinas funcionam como uma extensão do cérebro, justamente por serem um tecido do sistema nervoso central.  Para se ter ideia da importância dos olhos, Francisco Ambrósio, um médico português, coordenou um longo estudo sobre a relação entre os sinais da retina e a progressão do Alzheimer. A descoberta deles é que os olhos indicam o avanço da doença - e funcionam como “um espelho ou janela para o cérebro”.

 

Quais as doenças oftalmológicas mais comuns?

 

O Ministério da Saúde aponta seis doenças como as mais diagnosticadas por oftalmologistas: erros de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia ou vista cansada), catarata, glaucoma, conjuntivite, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade.

 

Erros de refração

 

São os conhecidos problemas de vista ou de grau, quando o paciente começa a sentir dificuldade em enxergar de perto ou de longe, dependendo do diagnóstico, com a visão um pouco embaçada.



“As estimativas mostram que de 20 a 25% da população brasileira tem miopia [embaçamento de longe], que está associada com o aumento do comprimento axial do olho. E isso tem aumentado por conta da exposição aos dispositivos eletrônicos”, explica a oftalmologista Verônica Bresciani.


 

“O problema é que esses pacientes têm riscos maiores de desenvolverem complicações mais graves no olho, com alterações na retina, que é a camada mais profunda do olho, ou glaucoma, por ser um olho mais prolongado.”

 

Glaucoma

 

É uma doença crônica e sem cura, principal responsável pelas causas de cegueira irreversível no mundo. “Refere-se a um grupo de doenças oculares crônicas que provocam danos no nervo óptico. Em muitos casos, os danos ao nervo óptico resultam de um aumento da pressão intraocular”, explica Cristiano Caixeta, vice-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.



Esse aumento na pressão acontece por conta de um desequilíbrio na quantidade de líquidos dentro do olho que, em excesso, pressiona o nervo óptico. “O olho é como se fosse uma bolinha, uma cavidade preenchida por líquido. Quando há um distúrbio no controle de entrada e saída desse líquido, o nervo óptico sofre pressão. Aos poucos, isso destrói as células visuais, que não possuem capacidade de autoregeneração”, complementa Costa.

 

Pacientes com glaucoma não se queixam de embaçamento, mas perdem aos poucos o campo visual. É como se nossa capacidade de enxergar se estreitasse com o passar do tempo.



Quando não tratado, o glaucoma pode levar à cegueira total. No entanto, quando diagnosticada, a doença é interrompida. Ou seja, não progride, ainda que os danos causados não sejam revertidos. Daí a importância em fazer exames preventivos anualmente.

 

Catarata

 

É a principal causa de cegueira reversível no mundo. Pacientes com catarata, em geral idosos, relatam embaçamento visual progressivo. Isso acontece porque o cristalino, nossa lente natural, começa a ficar opaco.



Pode ser desencadeada por vários fatores, como trauma (acidentes), diabetes, uso indevido de medicamentos, processos inflamatórios, ou pelo desgaste natural ao longo dos anos. 

 

Conjuntivite


Há dois tipos de conjuntivite: alérgica ou infecciosa.



A primeira desencadeia uma reação inflamatória nos olhos, causando coceira e vermelhidão, por conta da exposição a poeira, pólen ou pelos de animais. A infecciosa é causada por um vírus e causa os mesmos sintomas (coceira e vermelhidão) - essa sim pode ser transmitida para outras pessoas.

 

Retinopatia diabética

 

Pacientes com diabetes têm um desequilíbrio no nível de glicose. E o excesso dessa substância por períodos longos pode afetar também a saúde dos olhos, causando embaçamento na visão.



A doença se manifesta como um sangramento na retina que, caso não seja tratado, pode levar à cegueira.

 

Degeneração macular relacionada à idade

 

Ao longo dos anos, naturalmente, nossos olhos se desgastam e perdem seu formato anatômico. Isso gera perda da acuidade visual - ou seja, fica cada vez mais difícil enxergar de perto ou longe.

 

“Vários fatores estão relacionados à DMRI: pessoais (genético, olhos claros, pele clara), exposição excessiva aos raios UV (solares), tabagismo”, explica Caixeta. “Mas sua prevalência aumenta consideravelmente com a idade. Acredita-se que a insuficiência circulatória, com redução do fluxo sanguíneo para a área macular também contribui para o desenvolvimento da doença.”

 

Como tratar cada uma dessas doenças?

 

Tratamentos das doenças de grau são, em geral, mais simples. Basta fazer um exame clínico e aderir ao uso de óculos ou lentes.



Em casos mais graves, com graus elevados, os pacientes podem passar por procedimentos cirúrgicos. “Podemos aplicar laser na córnea, que é o mais comum. Ou, em casos mais altos, 15 graus de miopia, por exemplo, fazemos o implante da lente fácica”, conta Costa.

 

Pacientes com glaucoma precisam aplicar colírios diariamente e fazer consultas regularmente. A não ser quando a causa do glaucoma é uma consequência de outra doença, nesses casos, como o da retinopatia diabética, o uso do medicamento é temporário.



“A medicação por ser por prazo curto, enquanto se trata a doença que provocou o glaucoma, por exemplo, o diabetes. Se houver lesão no nervo óptico, no entanto, apesar do reestabelecimento da pressão intraocular, o dano no campo visual é irreversível”, alerta Caixeta.

 

A única forma de tratamento da catarata é por meio de cirurgias. “É um método seguro, eficaz, feita com anestesia local, colírio e sedação. Demora 15 minutos, um olho de cada vez. Hoje ainda temos a vantagem de fazer a cirurgia com laser e até implantar lentes que tiram a necessidade dos óculos de grau”, afirma Costa.


A degeneração macular relacionada à idade pede cuidados a longo prazo, com aplicações de injeções com antiangiogênicos, que impedem a formação de novos vasos sanguíneos, ou corticoides (anti-inflamatórios). Em alguns casos, os médicos também podem indicar cirurgias.

 

Já a conjuntivite exige o uso de medicamentos temporários.

Quais os sinais de alerta?

 

A queixa mais comum dos pacientes, independentemente da doença, é sobre a qualidade da visão. Pacientes com catarata ou problemas de grau passam a ver o mundo mais embaçado ou borrado - seja de longe ou perto.

 

Mas nem todas as doenças visuais apresentam sintomas. Pacientes com glaucoma ou degeneração macular relacionada à idade geralmente só percebem o problema quando a doença já avançou bastante.



“São doenças silenciosas. Não existem sinais aparentes no olho. Algumas vezes quando o paciente percebe alguma diferença, a doença já pode estar em uma fase avançada”, relata Caixeta. “Mas, ao contrário do glaucoma, em que ocorre a perda da visão periférica, a DMRI prejudica a visão central. Por isso, geralmente, esses pacientes relatam visão turva, distorção na forma das imagens ou alteração da visão das cores”, completa.

 

Olhos avermelhados ou coceiras podem indicar conjuntivite. Outros sinais, como tremores das pálpebras ou lacrimejamento, pode ser só uma reação natural do corpo.



Tremores são comuns. Como as câimbras, que acontecem quando há esforço excessivo em determinado músculo, esses tremores acontecem quando há esforço visual excessivo”, conta Costa. “As lágrimas são mecanismos de proteção para expelir poeira ou pólen, por exemplo. O ideal é sempre procurar um médico quando perceber que algo está fora do normal.”

 

Como cuidar da saúde dos olhos?

 

A primeira dica de todos os especialistas é uma só: consulte o médico e realize exames de rotina uma vez por ano. Em casos específicos, como, por exemplo, pessoas com histórico familiar de glaucoma, essa recomendação deve ser levada ainda mais a sério.



“Parte genética é relevante. Se alguém da família tem glaucoma, o risco de você ter é 10 vezes maior”, diz Bresciani.

 


Além das consultas, os olhos precisam ser tratados com o mesmo carinho que outras áreas do corpo, com uso constante de colírios lubrificantes, e protegidos por óculos de sol. “Você não costuma passar hidratante nas mãos? Existe também hidrante para os olhos. Quando fixo o olhar em uma tela, eu não pisco, minha lágrima evapora e meu olho resseca”, conta Costa.



Essa desidratação pode aumentar os problemas de grau, como a miopia, segundo Bresciani. “Por isso recomendamos: exposição zero às telas em bebês de até dois anos, restringir o uso a apenas uma hora entre crianças de 2 a 5 anos, e, dessa idade em diante, apenas duas horas diárias”, conta.

 

Por que preciso escolher bem meus óculos de sol?

 

Por um motivo relevante: a exposição excessiva dos olhos aos raios ultravioletas acelera o aparecimento de doenças, como a catarata, alterações na retina ou degeneração macular.



Quando usamos óculos sem filtro adequado, a situação só piora. No escuro, ou com luminosidade baixa, a pupila se dilata para facilitar a entrada de luz. Se os óculos não possuírem filtro, nossos olhos ficarão ainda mais expostos aos raios UVs.



“Sua pupila responde à escuridão da mesma forma quando você usa óculos adequados ou não, com a desvantagem de não ter proteção. Quanto maior a exposição ao agente agressor, maior a possibilidade de lesão”, explica Caixeta. “Ou seja, é pior usar óculos sem proteção do que ficar sem óculos de sol.”

 

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