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Como se prevenir contra o câncer de mama?

Com o diagnóstico precoce, as chances de cura chegam a 95%. Saiba sobre a importância dos exames e dicas para fugir da doença

Outubro sempre chega com a cor rosa por todos os lados, para nos lembrar da importância de prevenir contra o câncer de mama. E não é à toa: tumores nas mamas representam quase 30% dos casos da doença entre as brasileiras - só no ano passado quase 67 mil mulheres receberam o diagnóstico, segundo dados do Instituto do Câncer.

Cerca de 19% desses casos foram descobertos muito tarde. Novas pacientes devem surgir a cada ano, e estima-se que uma em cada 12 brasileiras terá de enfrentar o câncer de mama ao longo da vida.
 

Mas ainda podemos diminuir esses índices de mortalidade. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura chegam a 95%. E aí está o problema: nem todas as mulheres realizam os exames de prevenção. No ano passado, por conta da pandemia, 62% das mulheres deixaram de fazer a mamografia, de acordo com uma pesquisa do Ibope, encomendada pela Pfizer.
 

“Acho superimportante dizer que é um câncer curável. O segredo para isso é o diagnóstico precoce. O rastreamento mamográfico anual salva vidas”, defende o médico Vilmar Marques, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia. “Quando se fala em prevenção, temos duas formas: a primária, que é aquela em que a paciente não desenvolve a doença, e a secundária, quando tem a doença, mas descobre em um momento oportuno que pode proporcionar a cura.”
 

Quando devo começar a fazer os exames preventivos?
 

Existe uma conta a ser feita em exames de imagem: quando vale a pena a exposição anual à radiação da mamografia? Só a ciência pode dizer se os benefícios superam os riscos. Segundo o Inca, somente mulheres com 50 a 69 anos devem fazer a mamografia a cada dois anos.

“Estudos buscaram os benefícios do exame anual em mulheres mais jovens, na pré-menopausa, e não encontraram respostas. É controverso”, defende Arn Migowski, médico sanitarista e epidemiologista do Inca.

No entanto, a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Federação de Ginecologia Obstétrica e o Colégio Brasileiro de Radiologia dão outra orientação: exames anuais em mulheres de 40 a 74 anos.

Precisamos lembrar que temos cerca de 40% das pacientes com câncer de mama abaixo dos 50 anos. Então como não vamos assisti-las? Não é nosso direito. Como sociedade, recomendamos que os exames anuais sejam feitos a partir dos 40 anos”, explica Marques. Abaixo dessa idade, de acordo com o médico, os casos são raros: de 10% a 15%.

Caso uma filha, irmã ou mãe tenha desenvolvido a doença antes dos 50 anos, ou - em casos mais raros - um parente homem tenha desenvolvido o câncer de mama, é importante prestar ainda mais atenção aos sinais e fazer exames com mais frequência. Em qualquer faixa etária, esses dois indicam um fator genético muito forte.
 

Quais os benefícios e riscos em fazer exames anuais?
 

Quanto antes a detecção, maiores as chances de cura. E, como a mamografia alerta justamente para a existência de tumores, a realização dos exames anuais reduz a taxa de mortalidade da doença. Segundo Marques, em mulheres acima de 50 anos, o risco de morte causado pelo câncer de mama cai 30% e, abaixo dessa faixa etária, a diminuição gira ao redor de 15% a 20%.

Na contramão dessa orientação, o Inca e o Ministério da Saúde dizem que as mamas, na fase pré-menopausa, são mais densas, o que dificulta a qualidade do exame. E aí surgem dois pontos: a exposição desnecessária à radiação, ainda que em baixíssimas doses, e o falso positivo. “A mulher recebe o resultado, faz uma biópsia para investir e aí não era nada. O falso positivo é comum em mulheres na fase pré-menopausa”, explica Migowski.
 

Como posso evitar o desenvolvimento da doença?
 

Por ser muito comum, é difícil dizer o que se pode fazer para evitar o desenvolvimento do câncer de mama. Mas alguns fatores podem ser levados em consideração. A amamentação por longos períodos, em mães com menos de 30 anos, reduz os riscos.

Outras recomendações se estendem para a prevenção não só do câncer de mama, como para outras doenças: alimentação saudável, baixo consumo de álcool, prática de exercícios físicos - pelo menos 150 minutos por semana - e o não tabagismo. “A escolha por um estilo de vida saudável reduz os riscos em até 40%”, explica Marques. “Já o uso excessivo de álcool aumenta em três ou quatro vezes o risco”.

Qual a importância do autoexame de mama?
 

Não há ninguém melhor do que a própria mulher para conhecer seu próprio corpo. E, caso note alterações, é importante que se marque uma consulta médica e investigue o problema.

Mas, afinal, quais sinais são preocupantes? Nódulos nas mamas ou axilas que durem por mais de um mês e secreção espontânea em apenas um dos mamilos são os sinais que requerem mais atenção.
 

“Na mulher, por exemplo, antes da menopausa, qualquer caroço que dure mais do que um ciclo menstrual precisa ser investigado por um médico. Em mulheres acima de 50 anos, qualquer caroço precisa ser investigado. Quanto mais fixo e endurecido o caroço, maior o alerta vermelho”, relata Migowski.
 

Apesar de não haver unanimidade sobre a frequência ideal para a realização das mamografias, é consenso que consultas de rotina com um ginecologista de confiança são essenciais. Não atrase os cuidados com a sua saúde.
 

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