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Novembro Azul: É hora dos homens se cuidarem

Mês de combate ao câncer de próstata exalta a importância da saúde preventiva para os homens

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente no sexo masculino (atrás do menos letal câncer de pele não-melanoma) e se apresenta de maneiras diferentes em cada pessoa. No entanto, alguns padrões ajudam a entender a questão que sempre entra em discussão no Novembro Azul.

Um indicativo importante para o risco de desenvolver a doença é o fator genético. A cada parente próximo que teve câncer de próstata, dobram as chances do homem de desenvolver a doença. Se o pai já teve, é bom ficar atento. Se o pai e um irmão tiveram, a atenção deve ser ainda maior.

A obesidade também pode influenciar no câncer de próstata, com igual incidência geral, mas tendência de desenvolver formas mais agressivas. Mas a idade é o mais importante, já que 75% dos casos incidem sobre quem já completou 65 anos.

A boa notícia é que, se detectado em estágio inicial, as chances de sobrevivência ficam entre 90% e 95%. No entanto, se descuidada, a doença pode evoluir a ponto de afetar outros órgãos. Nesses casos os cálculos mudam e a sobrevida pode diminuir.

Como é o diagnóstico do câncer de próstata?


A diferença de prognóstico dependendo do momento do diagnóstico é grande, mas, até que se instale, o tumor é silencioso. Enquanto está na próstata, causa alterações no organismo que são imperceptíveis para a pessoa.

Para detectar o câncer a tempo, é preciso checar outra alteração: o tamanho da próstata. A glândula cresce junto com o tumor, embora a pessoa não se dê conta. Somente um médico consegue notar essa diferença, em um exame simples e rápido, assim como o PSA.

“Não podemos esperar ele dar sintomas, tem que fazer diagnóstico antes de sentir alguma coisa”, diz Roni Fernandes, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

“Por isso temos que seguir as determinações da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), que os homens têm que procurar um urologista para fazer os exames para o diagnóstico precoce do câncer de próstata a partir dos 50 anos. Quem tem histórico na família e obesidade, a recomendação é começar aos 45 anos.”

Por que prevenir o câncer de próstata?

 

A próstata, em jovens adultos saudáveis, possui o tamanho de uma noz e 20 gramas, fica logo abaixo da bexiga, envolvendo parte da uretra.

“A pandemia postergou muito o tratamento das doenças, inclusive do câncer. A gente está vendo os tumores chegarem em uma fase mais avançada. Aquele homem que deixou de fazer o exame e a doença progrediu”, conta Fernandes. “A pandemia mostrou de forma forçada que homens não irem ao médico têm aumentado os índices de tumores mais graves.”

A pandemia, no entanto, é somente um agravante, já que não é por causa dela que os homens historicamente evitam fazer os exames. “Hoje tem até um termo para falar disso: masculinidade tóxica”, afirma Daniel Xavier Lima, professor de urologia clínica e cirúrgica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Isso volta o homem contra ele mesmo.”

No Brasil, os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. Dados do Programa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 podem ajudar a entender o motivo: 76,2% da população frequenta o médico com frequência - cerca de 160 milhões de pessoas -, mas proporção é muito maior quando consideradas somente as mulheres (82,3%). Entre os homens, o número cai para 60,4%.

“Na saúde do homem, não se deve pensar só na próstata. Precisa pensar em tudo. Cuidar do peso, evitar beber em excesso, o tabagismo, evitar exposição de risco, tanto profissional quanto no lazer”, explica Lima. “É muito mais comum os homens se acidentarem por negligência que a mulher. São cuidados básicos com a saúde que têm que ser lembrados por todos.”

“As mulheres têm uma maior sobrevida e não é à toa”, concluiu Lima. “Elas vivem mais, morrem menos, porque se cuidam melhor. Não é porque é mulher ou homem. É o estilo de vida. Alimentação, exposição a riscos e autocuidado. Isso faz a diferença.”

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