De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mais de um milhão de brasileiros convivem com o vitiligo e, dada sua relevância, em 2011 a Organização das Nações Unidas criou o Dia Mundial do Vitiligo, com o objetivo de aumentar a conscientização, combater o preconceito e arrecadar fundos para pesquisa, apoio e educação.
 

O que é vitiligo?
 

O vitiligo é uma doença que ataca as células de pigmentação da pele, e a pessoa afetada desenvolva manchas esbranquiçadas pelo corpo.
 

Vitiligo: suas características e origem
 

Além de surgir nos braços, pés, mãos e se espalhar gradualmente pelo corpo, o vitiligo também pode se apresentar em lugares inusitados, como o cabelo e o interior da boca.
 

Ele surge aos poucos e, conforme vai progredindo, a pessoa apresenta novas manchas, em outros lugares do corpo. O vitiligo pode ser localizado, ficando concentrado em uma única parte do corpo, ou generalizado, surgindo por todos os lados.
 

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Distrito Federal (SBD-DF), Gilvan Alves, a origem do vitiligo está relacionada a uma inflamação nos mielócitos, que são as estruturas responsáveis pela produção de melanina. “Essa inflamação é causada por um ataque das células de defesa do corpo humano”, afirma o especialista.
 

“Embora a doença provoque desconforto nos pacientes, do ponto de vista visual, ela não tem nenhuma implicação física. Não causa problemas de saúde nem vai evoluir para um câncer ou algo parecido”, completa.
 

Vitiligo é contagiosa?
 

Não, vitiligo não é uma doença infecciosa, portanto não é possível "pegar" vitiligo de outra pessoa. Ele se manifesta em indivíduos de qualquer idade, inclusive crianças e idosos, e é mais frequente entre pessoas que tenham doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto, artrite reumatoide ou diabetes do tipo 1.
 

Vitiligo tem cura?
 

O vitiligo é como o diabetes e a hipertensão, uma doença crônica. Pode ser muito bem controlado, mas não tem cura. Por isso, são realizados tratamentos para controlar as manchas.
 

O vitiligo e a autoestima
 

O vitiligo é uma condição bastante delicada porque afeta diretamente a autoestima do paciente. Muitos indivíduos com a doença precisam de um acompanhamento psicológico para lidar melhor com as mudanças na aparência, pois, infelizmente, muitas vezes ele sofre preconceito e discriminação da sociedade devido à quantidade de lesões na pele.
 

Tratamento para vitiligo
 

Seguindo as recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o tratamento deve ser discutido com um dermatologista, conforme as características de cada paciente.
 

Dentre as opções de tratamento, os tradicionais são os mais indicados pelos especialistas.  Como o uso de medicamentos que induzem a repigmentação das regiões afetadas, tecnologias como o laser, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos.
 

A SBD alerta para cuidados com medicamentos ditos milagrosos, fórmulas naturais e receitas dadas por leigos, pois esses procedimentos podem levar à frustração e a reações adversas graves.
 

Lembre-se que o dermatologista é o profissional mais indicado para realizar o diagnóstico e tratamento de qualquer doença de pele.