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Como abandonar o sedentarismo após meses trancado em casa

É possível e necessário praticar atividades físicas durante a pandemia. Confira algumas dicas para se exercitar de maneira segura

A quarentena fez com que a maioria dos brasileiros diminuísse o tempo fora de casa. Tendo em vista o combate ao coronavírus, a medida é excelente —  mas o isolamento social também trouxe alguns desafios para saúde. A falta de atividade física talvez seja o maior deles.

 

Em abril, um mês depois do início da quarentena, uma pesquisa feita em parceria pela Unicamp, UFMG e Fiocruz chegou a um dado preocupante: em tempos de pandemia, o sedentarismo mais do que dobrou entre a população brasileira.

 

A informação é ainda mais grave do que pode parecer à primeira vista. Um outro estudo, desta vez da USP, mostrou que o sedentarismo é fator de risco para o Covid. Pior ainda, de acordo com os pesquisadores, a falta de atividade física motivada pelo isolamento pode gerar um aumento expressivo no número de óbitos — independentemente da quantidade de infectados. Isso porque o exercício (não feito durante o isolamento) evita doenças e problemas que, assim como a covid, podem ser letais.

 

Sair é perigoso e ficar em casa também requer atenção. É cada vez mais claro para profissionais e pesquisadores que é possível e necessário praticar atividades físicas durante a pandemia. Desde que se cumpra os cuidados necessários para evitar o contágio do vírus, é claro.

Como voltar a ter uma vida ativa depois de meses parado em casa?

 

“É sempre bom começar lentamente.”, conta Marcelo Bichels Leitão, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). “Uma atividade de baixa intensidade, uma caminhada, com um ritmo bem tranquilo é sempre o primeiro passo para depois aumentar o ritmo do exercício”, afirma.

 

Também é importante lembrar de se alongar antes de colocar os pés na rua, evitando possíveis lesões. Esse começo cuidadoso é tanto na intensidade quanto na quantidade de exercício praticado. “O que costumamos dizer é que o mínimo ideal são 150 minutos por semana, o que dá só 30 minutos por dia de segunda a sexta”, afirma Leitão.

 

Esse pouco ainda parece muito? Dá para ficar mais simples: “Não tem problema nenhum se você quiser dividir, por exemplo em pequenas sessões de 10 minutos ao longo do dia”.

 

E caso você já tenha superado a etapa do beabá, também é possível aumentar o ritmo.

“Um trabalho de fortalecimento muscular é sempre bem vindo. E isso requer a participação de alguém da área da Educação Física.”, explica Leitão. “Hoje a gente tem muitas opções para ter esse contato online, por causa da pandemia. E, caso a pessoa ache interessante e seguro o bastante, as academias estão abrindo", completa.

 

Além disso, o tipo de prática esportiva que se deseja fazer também pode ser crucial para o sucesso da luta contra o sedentarismo. Seja caminhar, levantar pesos, fazer aulas online de dança ou yoga, é essencial ter interesse pela modalidade escolhida. “O importante é escolher o que você gosta, porque isso ajuda não só a ficar ativo, como a manter a atividade”, afirma Leitão.

Cuidados necessários

 

Antes de pensar em fazer qualquer exercício, no entanto, é preciso ter algumas coisas em mente. Mais do que nunca, este é um momento para ter cuidado com seu próprio corpo — e com o dos outros.

 

“Principalmente em pessoas com problemas cardíacos, é recomendado fazer uma consulta prévia com um médico de confiança, se ele for especializado em medicina no esporte, melhor ainda”, diz Leitão.

 

“Também é necessário ficar atento se os exercícios estão te deixando excessivamente cansado, se há alguma dificuldade de respiração, dor no peito, ou algum incômodo persistente. Nesses casos, conversar com um médico pode ser bem relevante.”, continua.

 

A partir da avaliação de um profissional capacitado, seja um educador físico ou um fisioterapeuta, é possível traçar limites para que o exercício traga benefícios e evite lesões e surpresas desagradáveis pelo caminho. Uma consulta médica também é válida, especialmente para quem foi diagnosticado com Covid ao longo da pandemia. “Não sabemos se o vírus trará algum tipo de problema cardiológico ou respiratório á longo ou médio prazo, mesmo se a infecção diagnosticada foi pequena. Por isso, é interessante que um médico acompanhe de perto”, conta Leitão.

 

E mesmo com o aval de um especialista, é imprescindível redobrar a atenção com as formas de contágio durante a prática de esportes. Confira algumas dicas para se exercitar sem colocar a sua saúde e a dos outros em risco:

 

— Ao ar livre ou em uma academia, evite aglomerações. Opte pelos horários de menor movimento.

 

—  Em locais fechados, certifique-se de que possuem algum tipo de protocolo anti-contágio.

 

— Não esqueça do álcool gel e lave as mãos com regularidade.

 

—  Higienize pesos, tapetes e demais materiais que possam ter sido utilizados por outra pessoa.

 

— Evite práticas em grupo.

 

— Caso não queria se exercitar sozinho, faça com quem mora com você. Os ambientes já estão compartilhados, então não há problema.

 

— Use máscara durante toda a prática. Se os tecidos sintéticos forem incômodos, tente as de algodão. É primordial usá-la sempre que estiver fora de casa.

 

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